Na impossibilidade de transportar para aqui a atmosfera do concerto que esta tarde teve lugar no Mosteiro de Santos-o-Novo, fica uma imagem do Grupo Vocal Capella Duriensis, captada durante a execução do sublime Panis Angelicus de João Lourenço Rebelo (1610-1665).
Sugiro ainda a reportagem de Manuel Vilas Boas para a TSF.
A primeira parte do Programa, com música profana, teve lugar numa sala contígua à Igreja do Senhor dos Passos, onde decorreu a segunda parte, com música sacra. No decurso do período escolhido, entre 1550 e 1650, ocorrem múltiplas mudanças na sociedade portuguesa, principalmente o surgimento da Contra-Reforma, a ascensão dos jesuítas e o incremento da educação e conhecimento, a par da atitude repressiva da inquisição. Musicalmente, este século é dominado pelo Concílio de Trento, que determinou a predominância da clareza do texto sobre a complexidade contrapontística.
Primeira parte:
Anónimo (Cancioneiro do Palácio) – Que me quereis, cavallero?
Alonso Mudarra – Ysabel, perdiste la tu faxa
Luys Milan (ca. 1500 – ca. 1561) – Falay miña amor, Quiem amores tem, Triste estava, muy quexosa
Matteo Flecha (1481-1553) / Miguel de Fuenllana (c.1500-1579) – Teresica hermana
Segunda parte:
João Lourenço Rebelo (1610-1665) – Lamentations
Damião de Goís (1502-1574) – In Die Tribulationis, Ne laeteris
Frei Manuel Cardoso (1566-1650) – Magnificat
João Lourenço Rebelo (1610-1665) – Panis Angelicus
CAPELLA DURIENSIS – GRUPO VOCAL Hugo Sanches, vihuela e viola de mão | Xurxo Varela Díaz, viola da gamba Rui Silva, percussão | Caterina Costa e Silva, encenação Jonathan Ayerst, direcção
PROGRAMA
Frei Manuel Cardoso (1566-1650) – Magnificat
Anónimo (Cancioneiro do Palácio) – Que me quereis, cavallero?
Alonso Mudarra – Ysabel, perdiste la tu faxa
João Lourenço Rebelo (1610-1665) – Lamentations
Matteo Flecha (1481-1553)/Miguel de Fuenllana (c.1500-1579) – Teresica hermana
Damião de Goís (1502-1574) – In Die Tribulationis, Ne laeteris
Luys Milan (ca. 1500 – ca. 1561) – Falay miña amor, Quiem amores tem, Triste estava, muy quexosa
João Lourenço Rebelo (1610-1665) – Panis Angelicus
Criada em 2010, a Capella Duriensis é um ensemble vocal especializado na preparação de jovens cantores portugueses para o nível profissional da performance musical. Desde 2011 que a Capella Duriensis é um ensemble-residente da Escola das Artes – Universidade Católica Portuguesa.
Um programa que procura reconstruir a dimensão sonora da célebre Capela de São João Baptista da Igreja de São Roque, encomendada por D. João V em 1742, e criada por Nicola Salvi, Luigi Vanvitelli, João Frederico Ludovice, Agostino Masucci, Mattia Moretti, entre outros. Este concerto pretende apresentar uma componente essencial e até aqui negligenciada desta verdadeira e incomparável Obra de Arte Total.
O Programa, que pode ser consultado aqui, inclui música de Pedro António Avondano (1714-1782), António Teixeira (1707-1774), Antonio Tedeschi (1702-1770), Giovanni Giorgi (ca.1700-1762) e Giovanni Pierluigi da Palestrina (1525-1594).
Ludovice Ensemble: Solos: Eduarda Melo, soprano | Lisa Tavares, alto | Fernando Guimarães, tenor | Hugo Oliveira, baixo Replenos: Mónica Monteiro, soprano | Fátima Nunes, alto | João Rodrigues, tenor | Armando Possante, baixo & chantre Instrumentos: Reyes Gallardo & Miriam Macaia, violinos | Diana Vinagre, violoncelo | Joana Amorim, flauta traversa | Mélodie Michel, fagote | Paulo Guerreiro & Laurent Rossi, trompas naturais
Fernando Miguel Jalôto, órgão e direcção
A 25ª edição da Temporada de Música em São Roque organizada pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa arranca já esta sexta-feira, dia 8 de novembro, às 21h30, na Igreja de São Roque com a actuação do Coro Gulbenkian sob a direcção do maestro Jorge Matta.
Clique na imagem para descarregar o Programa.
Esta Temporada de Música que vai dar especial destaque às obras dos compositores portugueses inclui 10 espectáculos. À divulgação da música, associa-se este ano, a descoberta do património cultural com a realização de concertos em cenários históricos. Pela primeira vez, o Mosteiro de Santos-o-Novo e a Igreja do Convento da Encarnação abrem portas aos concertos que, com entrada livre e gratuita, decorrerão até 1 de Dezembro.
Simultaneamente estão também previstas visitas guiadas gratuitas aos diferentes espaços que acolherão os espectáculos musicais , bem como sessões de declamação de poesia.
O maestro Filipe Carvalheiro, diretor artístico da temporada manifesta o seu regozijo pelo “trabalho desenvolvido pelos musicólogos na pesquisa da música portuguesa”.
Um exemplo é o tema “A Doce Irmã do Sono” a interpretar pelo Grupo Vocal Olisipo.
Destacam-se também os concertos “Música Policoral na Capela Real e Patriarcal de Lisboa no Século XVIII”, pelo agrupamento luso-brasileiro Americantiga programado para a Igreja de São Roque, no dia 9 de novembro e as “Vésperas Solenes para o Nascimento de São João Baptista para a Igreja de São Roque” pelo Ludovice Ensemble, em primeira audição moderna mundial, a 23 de novembro.
Para assinalar os 25 anos desta iniciativa, alargou-se pela primeira vez publicamente a programação desta temporada a todos os músicos que nela pretendessem participar, o que permitiu recolher um número recorde de candidaturas. Entre as 105 propostas apresentadas a concurso, foram selecionados agrupamentos e solistas de renome como a pianista Sofia Lourenço, a Capella Duriensis ou o Quarteto Vintage.
Na sua 24ª edição, a Temporada “Música em São Roque” volta aos locais da sua origem; a Igreja e Museu de São Roque seguindo, como nas edições anteriores, uma linha de programação que privilegia a ligação estética às características próprias dos locais onde decorrem os concertos, a participação de músicos portugueses ou residentes em Portugal e a divulgação do universo musical português.
A Igreja de São Roque acolhe sobretudo obras para coro e orquestra do período barroco e clássico, nomeadamente de Bach, Schütz , Vivaldi, Charpentier, Haydn, Mozart e de um conjunto de compositores portugueses e brasileiros que nos séculos XVII e XVIII aproximaram a história da música destes dois países, como sejam Marcos Portugal, André da Silva Gomes, Emerico Lobo de Mesquita e José Maurício Nunes Garcia, entre outros.
Assumindo-se como iniciativa dinamizadora da atividade musical da comunidade local, a Temporada Música em São Roque prossegue na sua colaboração com as duas principais escolas de música sediadas na área envolvente; a Escola Superior de Música de Lisboa e a Escola de Música do Conservatório Nacional.
O Museu de São Roque será igualmente palco para um interessante concerto intitulado “Uma viagem através do piano e violino” onde se cruzarão obras tradicionais da música erudita com obras de cariz popular. Via.
Jos d'Almeida é um compositor de música electrónica épico sinfónica, podendo este género ser também designado como Electrónico Progressivo. Na construção de um som celestial, resultante da fusão de várias correntes musicais, JOS utiliza os sintetizadores desde o início dos anos 80.
Chuck van Zyl
Chuck van Zyl has been at his own unique style of electronic music since 1983. His musical sensibilities evoke a sense of discovery, with each endeavor marking a new frontier of sound.