João Salaviza recebeu o Urso de Ouro das mãos do realizador Dieter Kosslick
Rafa, de João Salaviza, ganhou a competição de curtas-metragens do festival de Berlim. O realizador português volta assim a ser distinguido num dos principais festivais de cinema europeus, depois de ter ganho a Palma de Ouro em Cannes, em 2009, com Arena.
João Salaviza considera Rafa como o terceiro capítulo de uma espécie de trilogia iniciada com Arena, em 2009, e continuada com Cerro Negro (encomenda do programa Próximo Futuro da Gulbenkian), no ano passado.
A nova curta-metragem do jovem realizador português, de 27 anos, conta a história de um adolescente que se aventura do interior da sua casa do subúrbio para visitar a mãe numa prisão de Lisboa. De repente, vê-se com um bebé nas mãos, angustiadamente adulto, avançou ao ípsilon.
Para o festival de Berlim, João Salaviza montou dois trechos de apresentação do filme, o segundo dos quais pode ser visto de seguida.
Miguel Gomes, o português que estava em competição nas longas-metragens, foi galardoado com o prémio Alfred Bauer, atribuído a um filme que abra novas perspectivas para o cinema. Este é o segundo prémio arrecadado em Berlim com Tabu, depois de ontem, sexta-feira, lhe ter sido atribuído o prémio Fipresci pela crítica internacional presente na capital alemã.
O realizador de Aquele Querido Mês de Agosto era dado como um dos favoritos para o Urso de Ouro, mas o principal galardão da Berlinale foi para Cesar Must Die, de Paolo e Vittorio Taviani (n. 1931 e 1929, respectivamente). É um novo prémio de monta no palmarés destes irmãos italianos, que em 1977 ganharam a Palma de Ouro de Cannes, com Padre Padrone e que, em 1986, foram distinguido com o Leão de Ouro, em Veneza, um prémio de carreira.
O Grande Prémio do Júri foi parar às mãos de Bence Flieghauf, que concorreu com Just the Wind. O alemão Christian Petzold foi escolhido como o melhor realizador da edição deste ano, porBarbara.
O júri das longas-metragens, presidido por Mike Leigh e composto ainda pelos realizadores Anton Corbijn, Asghar Farhadi, François Ozon, pelos actores Charlotte Gainsbourg, Jake Gyllenhaal e Barbara Sukowa e pelo escritor Boualem Sansal, começaram por atribuir uma menção especial a L’Enfant d’en Haut, de Ursula Meyer, e seguiram depois para os Ursos de Prata.
Mikkel Følsgaard (A Royall Affair) venceu o Urso para melhor actor e Rachel Mwanza (Rebel), o Urso para melhor actriz. O de melhor argumento foi para Rasmus Heisterberg e Bodil Steensen-Leth, o romancista que escreveu a narrativa original de Royal Affair. O Urso de Prata para contribuição artística foi para a direcção de fotografia de White Dear Plain, de Quan’an Wang.
Voltando à competição de curtas-metragens, o júri premiou ainda The Great Rabbit, do japonês Atsushi Wada, com o Urso de Prata. Licuri Surf, de Guille Martins, recebeu uma menção honrosa. Nas primeiras obras, foi Cowboy o principal vencedor, produção holandesa assinada por Boudewjin Koole.
Jos d'Almeida é um compositor de música electrónica épico sinfónica, podendo este género ser também designado como Electrónico Progressivo. Na construção de um som celestial, resultante da fusão de várias correntes musicais, JOS utiliza os sintetizadores desde o início dos anos 80.
Chuck van Zyl
Chuck van Zyl has been at his own unique style of electronic music since 1983. His musical sensibilities evoke a sense of discovery, with each endeavor marking a new frontier of sound.