A minha vida dava um filme porno – II

Senhor Procurador Geral da República:
Suponha que vivemos num Estado de Direito, onde as decisões dos Tribunais devem ser respeitadas.
Suponha ainda que todos os cidadãos são formalmente iguais perante a Justiça.
Agora, suponha que os portugueses esperam que o senhor dê voz à sua indignação, quando vêm os valores sociais esbulhados de tal forma que sentem vergonha do seu país!
Continua a entender que é simplesmente “uma questão que tem a ver com os cidadãos” e não consigo?
confrontado com a possibilidade de os cidadãos ficarem perplexos com esta interpretação da lei.
Suponho que ninguém está à espera disso”
Novembro de 2005:
O Tribunal da Relação de Guimarães deu provimento ao recurso de Fátima Felgueiras, pedindo a anulação dos depoimentos de três arguidos e das escutas telefónicas constantes no processo.
Grande contrariedade para a senhora, que desejava que o julgamento começasse já, uma vez que tem pressa em demonstrar que é inocente!
Esta anulação – oh que surpresa! – obriga à correcção do despacho de pronúncia e deverá originar nova fase de instrução!
Uma coisa é certa: o início do julgamento, inicialmente agendado para o final de Outubro.. será lá para as calendas gregas!
A expectativa sobre o próximos capítulos reside em:
– saber se os três arguidos e ex-colaboradores de Fátima Felgueiras – Domingos Bragança, Horácio Costa e Joaquim Freitas – resistem às pressões de que têm sido alvo desde 2003.
– saber qual o papel que tem nesta história o alto-quadro do Ministério Público, suspeito de exercer pressões sobre as testemunhas e de conivência com a senhora.
– saber qual é o papel da Procuradoria Geral da República, pois tinha conhecimento das alegadas pressões, que deram origem à investigação do saco azul do Partido Socialista.
– saber qual é o papel do Tribunal da Relação de Guimarães, que hoje mesmo anulou a parte do julgamento em que Fátima Felgueiras havia sido condenada por difamação a Horácio Costa por, entre outras coisas, considerar que as expressões “patife, sem coragem, sem vergonha e sem escrúpulos, sem estrutura e dignidade, um verdadeiro terrorista“– usadas contra o ex-colaborador no decurso da entrevista ao Comércio do Porto – fazem parte do vocabulário normal, consagrado e aceite na disputa política nacional”!!
Continua.. mas ninguém sabe quando..









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