Não há milagres?!
(A partir de um artigo publicado no Suplemento de Economia do Público)
No final da primeira década de adesão à União Europeia, a Áustria tornou-se num modelo económico de sucesso:
RIQUEZA
– Crescimento económico dinâmico
– Uma das mais baixas taxas de desemprego da UE (4,6%)
– Uma invejável qualidade de vida
– Desde que aderiu à UE, o PIB per capita aumentou 50%
– Os austríacos são o quinto país mais rico dos 25
CHAVES DO SUCESSO
– O modelo económico austríaco é o de uma economia social-liberal de mercado, conjugando liberalismo, solidariedade e equilíbrio social
– Sólidas parcerias sociais e políticas fortes favorecem a negociação com os aliados e as privatizações
(Um mau exemplo de quando as coisas não funcionam assim: na República Checa, o desentendimento entre os partidos com maior representatividade é tal, que nos últimos dez anos construiram 16 km de auto-estradas!)
REFORMAS
– Sector terciário é muito forte, com um peso de 65% no PIB
– As principais fontes de receitas e criadoras de emprego são o turismo
– 18 milhões de visitantes/ano fazem da Áustria um dos destinos turísticos mais apetecidos em todo o mundo
– Resistindo à pressão do turismo em massa, tem sabido encontrar o equilíbrio entre oferta de qualidade e preservação do património cultural e natural
(certamente que copiaram o nosso modelo de desenvolvimento integrado da Região do Algarve!)
INVESTIGAÇÃO/LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA
– O investimento das PME nas suas próprias actividades de investigação representa 59% , acima da média da UE, que se situa nos 44%
– Desde a desintegração do Bloco de Leste, tem beneficiado da localização geográfica e com isso triplicou o volume de exportações para esses países
(Espanha! Espanha! Espanha! É já a seguir!)
REFORMAS/CONSOLIDAÇÃO ECONÓMICA
– Consolidação de um Sistema Fiscal simplificado: Redução do IRS para 25%, como grande medida atractiva para o investimento estrangeiro
– Reforma do Sistema de Saúde
– Consolidação Orçamental
– Ajustamento do Sistema de Pensões
– Previsão de um crescimento económico à volta dos 2,3%, no período 2005-2008
– Redução da dívida para menos de 60% do PIB
LIBERALIZAÇÃO
– Sectores das Telecomunicações e Energia
PRIVATIZAÇÕES
– Banca e Indústria: Fusões com empresas internacionais nestes sectores estratégicos, como pólo de mudança na estrutura tradicional da economia
Apontamento para reflexão:
Salvaguardadas as distâncias geo-políticas.. teremos condições para importar o modelo?
Afinal, importamos tanta coisa inútil..








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