Arquivo de 20 de Agosto, 2005

A Falácia de Roma


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Tive esta semana oportunidade de deambular pelo Josefov O Bairro Judeu de Praga.
Naturalmente que as Sinagogas são hoje – mais do qualquer outra coisa – locais de interesse turístico.
No entanto, tocou-me particularmente o cemitério – sobre o qual tinha lido alguma coisa – onde pude confirmar o caos absoluto na colocação das lápides, distantes entre si apenas um palmo ou dois.
Confinados pelo Regime Alemão ao exíguo espaço que tinham para enterrar os mortos, aos judeus não restava senão a possibilidade de os sepultar em altura. Daí a disposição das lápides.

Mais do que a disposição das pedras, impressionou-me a sensação de resignação daquelas pessoas.

Por isso me irritou hoje ler o artigo da Visão, em que Bento XVI não faz mais do que dizer aquilo que “pensa” que as pessoas querem ouvir: a proverbial caridade, em que a Igreja é especialista!

Papa alerta para novos sinais de anti-semitismo, classificando-o como uma «ideologia racista demente de matriz neopagã» e alertou para a «emergência de novos sinais de anti-semitismo», durante a sua visita à sinagoga de Colónia, na Alemanha.
«No século XX, no tempo mais obscuro na história alemã e europeia, uma ideologia racista demencial, de matiz neopagã, esteve na origem da tentativa, planeada e realizada sistematicamente pelo regime, de exterminar o judaísmo europeu», afirmou o Papa, na sexta-feira, perante os líderes religiosos judeus de Colónia.

Bento XVI advertiu ainda para o surgimento de «novos sinais de anti-semitismo» e de «hostilidade generalizada contra os estrangeiros».

Considerando que este é um «motivo de preocupação», o Papa destacou que a «Igreja se compromete a lutar pela tolerância, pelo respeito, a amizade e a paz entre todos os povos, culturas e religiões».

Que fez a Igreja para minimizar os danos que os alemães nazis infligiram à Humanidade?
E que moral tem este homem para falar sobre o assunto?
A mim, esta conversa soa-me a expiação, tão somente!